25 de novembro de 2010

Prece de Cáritas

19 de novembro de 2010

Saudades


Saudades
De todas as dores da Humanidade, possivelmente a mais aflitiva seja a que se constitui na separação dos afetos pelo fenômeno da morte.
Embora todos saibamos que a morte é a etapa final dos que vivem na Terra, não nos preparamos para recebê-la. Eis porque ela sempre nos surpreende, esfacelando-nos o coração em tortura moral.
Para os que acompanham o féretro até o que se denomina a última morada do corpo, o momento deveria ser de sérias reflexões.
O que existe afinal, para além do túmulo? Para onde vão as almas dos que se foram abraçados pelo sono da morte? Como diluir a dor da separação?
Que existe vida além desta existência já foi suficientemente comprovado.
Seja pela revelação religiosa que, desde tempos imemoriais se refere ao Espírito imortal, seja por ramos da ciência médica e psicológica que apresentaram estudos variados, concluindo pela existência de um mundo invisível, onde vivem os que deixam o corpo carnal.
Jesus, o Mestre Excelso, provou mais de uma vez que a morte é uma ilusão dos sentidos físicos. No Tabor, ao se transfigurar, frente aos olhares atônitos de Pedro, Tiago e João, apresenta-se tendo ao lado direito e esquerdo as figuras veneráveis do Legislador Hebreu Moisés e do Profeta Elias.
Ora, ambos tinham vivido entre os hebreus há muitos séculos. Contudo, ali se apresentaram tão vivos, que Pedro cogitou de erguer tendas para que eles as habitassem, ali mesmo no Monte Tabor.
Jesus, após Sua morte na cruz, apresentou-Se aos apóstolos e aos discípulos várias vezes, em ambientes fechados e ao ar livre, demonstrando que prosseguia vivo.
Os que morrem continuam vivendo, no mundo que lhes é próprio, o espiritual, que somente não detectamos pela grosseria de nossa visão material.
Temos a prova de que prosseguem vivos, nos sonhos em que com eles nos encontramos, trocamos confidências, amenizamos as saudades.
Essas são as experiências individuais de todos nós.
Apesar de tudo, a saudade se alonga nos dias, tanto mais forte quanto mais se demoram os meses e se amontoam os anos.
Por isso, somente a oração pode amenizar a longa saudade. Quando oramos a Deus pelos que partiram, eles nos sentem as vibrações, quais se fossem abraços de carinho e, na mesma intensidade, os retribuem, pelos fios do pensamento.
Um dia, logo mais, haveremos de nos reencontrar na Espiritualidade, quando transpusermos os umbrais da morte.
Então, diremos adeus aos que permanecem para recebermos um Olá, você chegou! dos que nos precederam e nos vêm receber no portal da tumba.

A visão espírita da morte

Para entender a atitude dos espíritas diante da perda de entes queridos, é preciso entender a visão espírita da morte. O que é a morte para o espírita?
 Em primeiro lugar, a destruição do corpo físico, que é um fenômeno comum a todos os seres biológicos. Segundo, a morte é um instante em meio a um caminho infinito. E em terceiro lugar, a morte é uma transição e não um ponto final.
Há que se considerar também que o espírito está permanentemente em processo de crescimento e renovação e a morte é a forma de forçar esta renovação, mudando am-bientes e projetos de vida.
Esta visão um tanto pragmática e aparentemente fria da morte não exclui a existência de sentimentos e emoções, porque tanto quanto sentimos mais ou menos fortemente a separação geográfica entre duas pessoas e ansiamos por reencontrarmos aqueles que estão longe, assim também ansiamos por ter novamente conosco os que se foram.
Mesmo na vida física há separações que são traumáticas, longas e, às vezes, definitivas. Na morte, então, a saudade e a vontade de ter outra vez aquele que se foi é perfeitamente natural e compreensível, mas a certeza da retomada do afeto e de projetos comuns no futuro é profundamente consoladora e faz com que a esperança possa ser tranqüila e confiante.

Por que é tão doloroso ainda para nós o fenômeno da morte física, com a separação dos entes que amamos?
Exatamente porque os amamos, queremos tê-los continuamente junto a nós. Isto não precisa de explicação, é natural. Vivemos em função dos outros. Tudo o que fazemos na vida tem como referência o outro. Se o outro que amamos se vai, como não sentir?

É licito procurarmos o contato com entes que partiram, já que a morte não é o fim?
Perfeitamente, desde que a nossa atitude mental e as nossas emoções estejam equilibradas. Por outro lado, toda vez que tentamos o contato com o mundo espiritual, temos que ter certeza de que os meios dos quais dispomos (ambiente, médiuns etc.) sejam apropriados para a nossa intenção. De qualquer modo, temos que ser prudentes quando intentamos qualquer contato com o mundo espiritual. E mesmo que a nossa intenção seja boa ou a nossa saudade muito grande, as leis da comunicação mediúnica continuam em vigência. Mas, de qualquer maneira, se a misericórdia divina nos forneceu os meios de comunicação, é perfeitamente razoável buscarmos o contato com aqueles que nós amamos. Quem não anseia uma palavra de afeto de quem está longe? É profundamente consoladora esta certeza.

O que se pode dizer às pessoas que buscam o centro espírita com profundo desejo de receberem uma mensagem de um ente querido que já partiu?
Em primeiro lugar, estar avisado de que este contato nem sempre é possível. Às vezes, passam-se meses ou anos antes de conseguirmos uma palavra ou uma mensagem. Nem os médiuns, nem os espíritos estão obrigados a nos dar a resposta que queremos. Se a misericórdia divina permitir, nós a receberemos, como muitos que já receberam. As evidências para alguns de nós são numerosíssimas, como é o meu próprio caso. Eu não tenho como negar o fato da sobrevivência pelo muito que já vivenciei ou já presenciei.

Qual a garantia de estarmos nos comunicando com nossos verdadeiros entes?
 As evidências para a comunicação entre mortos e vivos são de dois tipos: são subjetivas ou objetivas. As evidências objetivas são confirmações externas, através de fatos objetivos que deixam motivo para poucas dúvidas (ou nenhuma dúvida). É claro que, como acontece com a própria pesquisa científica, sempre se pode levantar hipóteses explicativas para os fenômenos. O que se faz é levar em conta a soma de evidências que levam, quase sem deixar dúvidas, a se aceitar que o fenômeno foi genuíno. Mesmo na pesquisa científica, isto também acontece. Na realidade, nada é definitivamente provado em ciência. Mas, para muitas coisas, o peso das evidências a favor de uma determinada explicação é tão grande que, do ponto de vista prático, é como se estivesse provado. É assim também com os fatos mediúnicos. Mas existem também as evidências subjetivas e essas são pessoais e intransferíveis. Eu não posso provar a uma outra pessoa que sonhei com um ente querido e que isto significa que eu realmente estive com ele, mas, interiormente, eu tenho certeza, pelo realismo das cenas vividas oniricamente e por detalhes que me trazem uma certeza interior que não pode ser transferida. E quando isto acontece, não me importa absolutamente o que o outro possa pensar da minha experiência.

As perdas vivenciadas por qualquer encarnado, quando acompanhados de sentimento de resignação e capacidade de perdão, podem se tornar um aprendizado, um treinamento que nos levaria a entender melhor a perda dos entes queridos?
 Certamente, porque é o aprendizado da renúncia, a certeza de que não somos donos de nada, nem de ninguém. Que o que temos num certo momento nos pode ser tirado no outro e continuamos vivendo, continuamos lutando sempre com a visão do futuro.

O ente desencarnado assiste ao seu velório? Assim sendo, qual sua postura diante da demonstração de dor dos entes encarnados?
Nem sempre. Vai depender do próprio espírito e da assistência por parte dos seus amigos espirituais. Às vezes, ele não tem condições emocionais e está tão desarvorado que deve ser afastado do local. Outras vezes o seu estado de perturbação é tal que ele não tem consciência do que está se passando. Mas, muitas vezes, isso é possível.

A vontade de ver o ente que se foi, a saudade, não atrai o espírito do parente querido desencarnado? Isto pode levar a uma obsessão?
Depende do estado mental e emocional que acompanha esta vontade. Também depende das condições do espírito desencarnado, mas não há perigo em pensarmos com saudade nos nossos afetos desencarnados. Isto é uma expressão do carinho e da afeição que une dois seres. Como proibir? Seria, no meu modo de ver, uma falha das Leis Divinas não deixar que nos lembremos com carinho daqueles que um dia se foram.

Como proceder para saber se os entes queridos estão bem?
Rezar, pedir a Deus que lhe permita sentir o carinho daquele de quem você gosta. Com o tempo e a prática aprendemos a nos dirigir mentalmente àqueles de quem gostamos e as evidências subjetivas que colhemos desses contatos nos dão a certeza de que realmente estivemos com eles. Mas é preciso aprender a fazer as rogativas mentais com tranqüilidade, confiança e a certeza da assistência espiritual de nossos guias. Peçamos a Jesus acima de tudo e esperemos com serenidade.

Que mensagem você daria para as pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los?
Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos.

Entrevista publicada na edição 11 da Revista Cristã de Espiritismo.

Saudade e Esperança

Nunca demais referir-se ao imperativo da conformação e da serenidade que se deve manter na terra, em apoio daqueles que te precederam no fenômeno da morte.
Entendemos quanto dói o adeus entre aqueles que as dimensões vibratórias separam entre campos diferentes da vida
Entretanto, se te encontras entre os que lastimam a perda de seres queridos, compadece-te deles, auxiliando-lhes a sustentação com a tua própria fé.
O pensamento é mensagem com endereço.
E a tua saudade, quando entretecida de angústia e pranto, é uma projeção de sombra e sofrimento que lhes arremessa em rosto, conturbando-lhes os corações ou obscurecendo-lhes os caminhos.
Sobretudo, não te revoltes contra a Divina Providência como se estivesses provocando a perpetuidade de tua dor.
A desencarnação sem complexos de culpa é o melhor que  pode acontecer a todos aqueles que partem no rumo de vivências novas na Vida Espiritual.
 Esse companheiro deixou o corpo, depois de perigoso acidente circulatório para não ser algemado à paralisia por longos meses.
 aquele se desvencilhou do envoltório material, no curso de grave enfermidade, forrando-se à provação de contrair perturbações mentais irreversíveis.
 outro liberou-se da experiência humana, no instante áureo da juventude por haver encerrado o ciclo de resgates determinados, de modo a promover-se nas esferas de elevação.
 e outros ainda se desvinculam da veste física, ante o alvorecer da existência, na condição de crianças que, por força do próprio passado, nos princípios de causa e efeito, terminam processos de luta reparadora em que se achavam incursos, muitas vezes conduzidos, de um plano para outro, a fim de trocarem um corpo doente por outro mais habilitado à execução das tarefas evolutivas que lhes cabe sustentar.
Diante dos chamados mortos a quem tanto amas, não lhes agraves os problemas com as flechas vibratórias do sofrimento, marcado a fogo de inconformidade ou rebeldia.
Padecendo embora o vazio na própria alma, ilumina a saudade com as preces da esperança e envia-lhes reconforto e encorajamento, amparo e consolação.
Ora pela paz de quantos se te adiantaram na transferência para a Vida Maior e entrega-se a Deus, na certeza de que Deus, em nos criando para o amor uns pelos outros, jamais nos separaria os corações para sempre.

Emmanuel
Recebida por Francisco Cândido Xavier
29.08.75 - Uberaba - MG

11 de novembro de 2010

O Estranho Senhor do Castelo


Em uma viagem com meu pai pela Europa e atraído que sou por castelos, acabei propondo a ele e a meu primo que lá residia, para que ambos me acompanhassem a uma visita ao Castelo de Pombal, localizado próximo as cidades de Leiria e Fátima em Portugal.

Ao chegarmos às portas do velho castelo e em meio a vários ambulantes que ali faziam seu comércio de souvenires, deparei-me com um senhor impecavelmente  bem vestido, mais parecendo um típico inglês, e aparentava ele a idade aproximada de 65 a 70 anos.

Notei que ele me observava e tudo fazia para aproximar-se de mim. Vi também, que o mesmo se colocava estrategicamente à porta principal do castelo, pela qual eu e meus acompanhantes deveríamos passar.

Eu estava certo...Ao passarmos por ele o mesmo dirigiu-me curtas palavras, as quais no exato momento não pude entendê-las, talvez devido a fatores do regionalismo local. Nesse mesmo instante, aquele senhor fitou-me firme nos olhos e eu teria entendido a seguinte frase: "Tu demorastes muito a chegar", e sorriu simpaticamente. 

Embora não me fizesse muito sentido aquela frase, não quis ser descortês com o simpático, mas estranho personagem, sorri e segui em frente, tendo meu pai e meu primo se distanciado um pouco adiante.

Alcancei a ambos e discretamente perguntei ao meu pai: "Será esse senhor com quem falei há pouco, um guia do lugar"? Logicamente meu pai não soube responder-me, tampouco meu primo.

No que iniciávamos uma subida pelas escadarias que nos levaria as muralhas do castelo, eis que o tal senhor se aproximava novamente de mim, desta vez, se colocando a minha disposição para mostrar-me todas as dependências do castelo e mais ainda, contar-me toda sua história.

Além de sua insistência em me guiar na visita, achei esquisita a sua postura de praticamente ignorar as pessoas que me acompanhavam e se dirigir somente a mim, inclusive, tudo fazia para separar-me das demais.

Naquele momento não me contive e comecei a lhe fazer uma série de perguntas... E entre as perguntas que originaram respostas sem muita lógica, estavam as seguintes:

P- Onde reside o senhor?
R- Eu cá resido, pois...
P- O senhor disse que reside neste castelo?
R- Sim!
P- Reside neste castelo há muito tempo?
R- Eu cá resido há mais de 800 anos...

Diante desta última resposta, imaginei estar frente a um psicopata e definitivamente 
encerrei minhas perguntas a ele.

Ocorreu que esse senhor era muito convincente, culto e realmente deveria conhecer cada centímetro do castelo e sua história.

A certo momento ele perguntou-me se eu desejaria conhecer onde ficavam os calabouços e as cisternas do castelo, tendo eu lhe respondido afirmativamente, só que fomos sutilmente desviados desses objetivos pelo meu pai, que a essa altura também já notara alguma coisa estranha em tal personagem.

Diante das sutis desculpas de meu pai, o referido senhor propunha, agora, levar-me até
a Capela do Castelo, de cujas ruínas avista-se um cemitério, há uns 500 metros dali.

Foi nessa Capela, quando esse estranho senhor colocava novamente seus olhos penetrantes nos meus, que pude notar algo de familiar neles, mas que até hoje é difícil entender. Durante os segundos de duração desse seu olhar profundo, uma onda de arrepios percorreu meu corpo.

Ao término da visita, ele nos acompanhou até a porta do castelo e mais uma vez fitou-me profundamente nos olhos e se despediu desaparecendo entre as grandes e velhas ruínas...

Instintivamente e mais do que depressa, perguntei para vários dos vendedores de souvenires, que ali faziam ponto, se os mesmos conheciam o tal senhor bem vestido, e a resposta foi unânime: "Trabalhamos aqui há vários anos e nunca havíamos visto esse senhor, inclusive, pensávamos que o mesmo fazia parte de seu grupo na visita ao castelo"...

Diante de tal resposta, eu, meu pai e meu primo nos olhamos pateticamente, sem entendermos muito bem o que acontecia, e nos despedimos dos comerciantes.

Eram 12h00, quando pegamos o nosso carro no estacionamento e resolvemos ir almoçar em um dos restaurantes da cidade. Terminado o almoço, iniciamos uma caminhada para conhecermos melhor a parte mais antiga da região.

Estávamos apreciando alguns casarões, talvez seculares, quando de repente, uma mão era colocada por sobre meu ombro, levei um susto, e pensei rápido: "quem poderia conhecer-me naquele lugar tão distante do Brasil"? Olhei para o lado e ali estava novamente o misterioso senhor do castelo.

Mais uma vez ele fitou-me profundamente nos olhos, deu-me um pálido sorriso que mais transmitia tristeza, praticamente nada falou e desapareceu por entre as estreitas vielas e seus casarões antigos.

Por mais incrível que me possa parecer, momentos após a esse segundo encontro, eu colocava em dúvida se a forma de comunicação usada por aquele estranho senhor era a de palavras articuladas.

Sempre que o mesmo se comunicava comigo, sua forma de olhar-me era totalmente diferente da normal, tratava-se de um olhar "muito penetrante"...

Talvez por eu prestar tanta atenção a esse detalhe, não me foi possível, minutos após aos tais encontros, lembrar-me pelo menos de algumas características de sua voz (tom, volume e etc).

Outro detalhe que pude também observar, durante meus contactos com o estranho personagem, é que o mesmo era acometido ininterruptamente por discretas ondas de tremores, porém, não tão intensas quanto aquelas causadas pelo mal de Parkinson...

Até hoje tento buscar explicações para esse singular encontro com o senhor do castelo...

Será que as respostas poderiam ser buscadas no Espiritismo?

O estranho senhor poderia ter sido uma pessoa de minha relação em uma vida passada?

Ou eu fui apenas vítima de uma auto-sugestão estimulada por um estranho agente?
Deixe seu comentário.


Rui Fernandes Morgado
Santo André-SP-Brasil

1 de novembro de 2010

O que é espiritismo?

DISTINÇÃO IMPORTANTE - Qualquer pessoa que acredite na vida espiritual- ou seja, que existe em si algo mais do que a matéria- é espiritualista. A distinção entre espiritualista e espírita se faz porque os Espíritas acreditam nas manifestações dos espíitos e também na Reencarnação como o meio que Deus nos dá para nos redimirmos de nossos erros e buscarmos a evolução.

É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

O ESPIRITISMO nos traz conceitos novos e profundos a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das leis que regem a vida. Nos faz ver quem somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

O Espiritismo abrange todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos.
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Os mais importantes pontos da Doutrina Espírita :

Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.

A habitação dos Espíritos encarnados- o planeta Terra, coexiste com o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. Existem outros mundos habitados, com seres em diferentes graus de evolução: iguais, mais ou menos evoluídos que os homens.

Todas as leis da Natureza são leis divinas,quer sejam físicas ou morais, pois que Deus é o seu autor.

O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.

Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição.

Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aperfeiçoamento. Os Espíritos evoluem sempre e em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem.
Conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado os espíritos podem ser : Espíritos Puros, aqueles que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, aqueles cujo desejo do bem é o que predomina: Espíritos Imperfeitos, são aqueles cuja ignorância, desejo do mal e paixões inferiores ainda predominam.

A interação dos Espíritos com os homens é constante. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal.

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que nos deixou é o que há de mais representativo da pura Lei de Deus.

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é ocaminho seguro para a evolução de todos os homens. assim como é inata a idéia da existência do Criador.

A prece enobrece o homem. Quem ora com fervor e confiança torna-se mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assistí-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.